domingo, 24 de janeiro de 2010

WTTR: boas performances =D, mas com pouco ritmo e má direção =(

ksrileysAmbientado em grande parte em New Orleans, “Rileys” mostra Gandolfini como um cara casado de meia idade natural de Indianapolis cuja vida se encontra em um entrocamento. Sua esposa (Leo) não sai de casa desde que a filha deles de 15 anos faleceu em um acidente de carro quase 10 antes de sua primeira escapada, a sua crescente relação com uma garçonete acaba quando ela morre repentinamente de ataque cardíaco. Enquanto ele está numa convenção no The Big Easy ele cruza com uma jovem stripper chamada Mallory (Stewart) que de imediato lembra ele de sua filha falecida. Enquanto Mallory – que mais tarde descobrimos que seu verdadeiro nome é Alison – está procurando por mais dinheiro na sala nos fundos (ela também faz bicos de prostituta), Gandolfini fica obstinado em tentar ajudá-la. Depois de dramaticamente informar a sua esposa que ele pretende ficar por New Orleans e de vender o seu negocio para fazer isso, os três protagonistas convergem para o sul onde mais segredos são revelados para os personagens e para o público. Infelizmente, apesar da profundidade que Stewart atinge para o papel (mais sobre isso depois) o filme não é tão empolgante quanto parece no papel.

Como esperado, os atores todos entraram no clima para tentar trazer uma realidade tridimensional aos seus personagens – uma tarefa difícil considerando os temas clichês do roteiro. Gandolfini tem a tarefa mais complicada tentando convencer o público de porque o seu personagem daria esse salto tão grande, mas ele teve sucesso em grande parte (mesmo com o seu sotaque do sul indo e vindo as vezes). Leo é a mais impressionante dos três ao revelar aos poucos essa mulher partida e “mãe perfeita”. Stewart tem o papel que exige mais coragem por mostrar um lado sexual que ela nunca demostrou com essa intensidade até o momento. Deixando de lado a meia-calça arrastão, os saltos enormes, as cenas que revelam a sua bunda e ela correndo por ai só em roupa íntima, Mallory/Alison é uma criança boca-suja que faz praticamente tudo exceto um específico ato sexual que não podemos falar na publicação. E sim, você escutará palavras saindo da boca de Stewart que você provavelmente nunca escutará de novo em toda a sua carreira cinematográfica, que promete ser bem longa.

O maior problema do filme é a direção de Jake Scott. Ele foi esperto em contratar atores que eram capazer de dar vida a esses personagens, mas o seu senso de tom está meio fora (tem muitos momentos que são engraçados de forma não proposital) e ao contrário de seu pai ou de seu tio Tony, ele tem absolutamente zero senso de rítmo. O filme tem 1:45 antes de virem os créditos, mas a maioria do público vai sentir como se tivesse passado bem mais que 2 horas até chegar o fim. Ele vai precisar de um pouco mais de experiência se ele quiser provar que seu talento cinematográfico compete com o legado de sua família. Para ser sincero, é muito decepcionante que o filme tenha até mesmo entrado para a competição de dramas do festival. Enquanto que essa categoria não tenha tido todos os seus filmes exibidos ainda, “Rileys” teria sido muito mais apropriado na categoria de premieres.

Quanto a distribuição, o escuro e devagar “Welcome to the Rileys” é uma venda difícil. E como o “The Yellow Handkerchief” já mostrou, só ter a superstar da saga Twilight no filme não garante contrato e muitos distribuidores vão ter que questionar se tem um público interessado a não ser na cena do big city art house e dos mais fiéis fãs de Stewart. 

by Gregory Ellwood

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