Matéria da Kristen na Atrevida + scans

Ela é invejada por dez entre dez fãs de Crepúsculo. Isso porque Kristen Stewart divide a cena com Robert Pattinson - o ator gato mais desejado do momento - e Taylor Lautner - um garoto de 17 anos, lindo, que promete ser um dos caras mais maravilhosos e sarados de Hollywood. Quer mais? A carreira de Kristen está bombando: ela acabou de filmar The Runaways, onde interpreta a roqueira Joan Jett, e já está a caminho de Vancouver, no Canadá, para gravar Eclipse, a terceira parte da saga. De quebra, os boatos de que ela estaria ficando com Rob só aumentam. Foi nesse clima de grandes expectativas que falamos com ela, em um hotel de Bervely Hills. Confira!

Você anda viajando muito ultimamente. Como está se sentindo?
Não muito mal. Na maior parte do tempo, fiquei filmando em Los Angeles. Acabei de finalizar as gravações de The Runaways, na última noite, às duas da manhã, para ser mais precisa. Então, é meio estranho me encontrar em um ambiente tão diferente em tão pouco tempo. Mas acho que estou acostumada.

Qual foi a diferença entre gravar Lua Nova e Crepúsculo?
O primeiro foi desesperador - o tempo todo. Nunca sabia se estava fazendo a coisa certa, mas eu e Rob tínhamos estranhas convicções de como deveria ser. Daí, todas as expectativas cresceram e se tornaram uma experiência diferente, que se traduziram no filme. Foi como uma descoberta e compulsão, que nos atirou em algo, sem que pensássemos naquilo. Já no segundo filme, tivemos que pensar muito mais no que estávamos fazendo. Foi muito mais lento. Tivemos uma abordagem mais comtemplativa e Chris (Waitz, diretor de Lua Nova) é muito diferente da Catherine Hardwicke (diretora de Crepúsculo). Foi mais lento e exaustivo, como deveria ser. Por causa da história da minha personagem, foi muito árduo.

Como era o clima no set?
Uma boa parte do filme é a Bella saindo de um momento triste, e ficando ao lado de Jacob, o que é uma experiência diferente para ela. Ela fica iluminada e desligada quando está próxima dele. Mas, assim que ele sai de perto, tudo o que ela não quer pensar volta à sua mente. Porém, quando ele volta, passa. Então, não tive que filmar cenas depressivas durante meses, a gente não grava as cenas na mesma sequência que elas acontecem no livro.

Era difícil mudar o tempo todo? Ou isso era fácil pra você?
Ela faz muita coisa no filme, o que é bem fiel à história. Não ter que ficar o tempo todo gravando cenas depressivas alivia um pouco a pressão.

Neste filme, Bella passa mais tempo com Jacob do que com Edward. Qual é a diferença entre Taylor e Robert?
Bella precisava de alguém divertido e cheio de luz para tirá-la da tristeza de ter perdido Edward. E Taylor definitivamente trouxe isso para o personagem. Quando tínhamos um tempo livre, nós jogávamos futebol americano, era muito engraçado e relaxante.

Como é a sua relação com Bella?
Sinto que, no livro, Bella é uma entidade independente. Como personagem do filme, ela se torna parecida comigo. Me sinto muito protetora de Bella, assim como de outros personagens do filme. No segundo filme, ela amadurece um pouco e eu acho que ela, de fato, tem as ferramentas e a experiência de vida para tomar as drásticas decisões de que precisa. Agora, ela (com certeza) sabe o que quer e entende muito melhor a si mesma.

Você também?
Sim, muito. Esse projeto tem sido algo muito forte, e eu tive que fazer muita autoavaliação. Acho que tenho cresido muito, sim.

Você ficou apreensiva em aceitar o papel, pelo fato de todos já conhecerem Bella?
Me senti pressionada quando aceitei o papel. Sempre quis voltar atrás e dizer: “Escolham outra pessoa”. Não posso fazer um filme, a menos que sinta que eu não possa representar tal personagem. Mesmo que qualquer outra pessoa faça um bom trabalho, não é o mesmo que você quer conduzir. Toda vez que você sentir aquela responsabilidade, deve fazer o papel. É um livro apaixonante e é por isso que os fãs são conservadores.

Você era fã dos livros?
Sou a fã número um agora. Mas eu não tinha lido antes de aceitar o papel. Então, tive uma perspectiva diferente. Não imaginava que seria um dos papéis mais complicados que eu faria. E foi. Todos tinham o mesmo foco. Foi difícil ’sair’ de Crepúsculo.

O que a Kristen prefere: lobisomem ou vampiro?
Kristen não deve abrir a boca (risos). Kristen está totalmente dividida.

Da última vez que nos encontramos, pouco antes da estreia do primeiro filme, você estava à beira dessa fama que está encarando. Agora, que já está vivendo essa experiência: rolou algo que fugiu às suas expectativas?
Foi incrível a maneira como o filme foi recebido. É estranho ficar em meio a esse frenesi da mídia e saber que a opinião de muitas pessoas sobre você será formada a partir do que a imprensa diz. Parece que eu sou uma compilação de momentos que eu nem me lembro. As coisas aconteceram muito rápido, é estranho, nunca tive que lidar com isso antes. É muito louco fazer parte de um filme que é tão conhecido. Trabalho nesse meio desde que era muito jovem, e investe mais em outros filmes do que nesse.

O quanto lhe atinge a questão dos paparazzi?
Não gosto quando eles fotografam algumas cenas. Fiquei chateada quando as fotos das gravações na Itália foram parar na internet. Queria que os fãs se surpreendessem com o filme. Também não curto o fato de ter uma lente telescópica na minha cara e não poder fazer nada. Como ator, você tem que estar apto a cometer erros, para conseguir atingir a emoção. E imaginar que você vai ser julgado por isso… não apenas pessoalmente, mas pensar que as pessoas podem achar que o filme não ficou bom por causa disso, é irritante. Na verdade, eles estão fazendo um desserviço, porque não passam a verdadeira versão do que está acontecendo.

Você sempre foi protetora em relação aos seus projetos?
Sim, eu não acho que você deva fazer parte de alguma coisa sem ser responsável por ela. Sou uma pessoa totalmente preguiçosa; então, eu não saio da minha cama se eu não me apaixonar por alguma coisa.

O figurino da Bella se reflete no seu estilo pessoal?
Definitivamente. Ela é prática pra se vestir - o que eu gosto. É fácil, confortável e reflete totalmente a personalidade dela. Ela não gosta de se mostrar, é feminina, mas não abertamente. Bonita, mas intencionalmente intefinida. Ela não quer ser notada.

Você é desse jeito?
Sim, eu acho. Não fico pensando nas minhas roupas por muito tempo.

Você é ligada em moda?
Não, não me importo com essa coisa estranha e, ao mesmo tempo, importante.

Como foi viajar pela Europa?
Viajamos pela Itália por uma semana, no final das filmagens. Todos pensavam que seria como férias, mas houve apenas alguns momentos… Foi incrivelmente lindo, porém, fiquei apenas algumas horas em cada cidade. Percebi como as coisas são antigas e amplas. Parece uma pintura. Mas, depois, de volta ao trabalho, eu literalmente quase me matei na Itália. Torci meu tornozelo no início das filmagens. Tudo estava indo bem, até eu chegar a uma vila incrível, no final das gravações, deitar numa rede e cair. Isso sempre acontece comigo, no trabalho e, eu não sinto nada. Não vou ao banheiro e não tenho dores. Literalmente, eu não páro pra pensar, daí, no meu trailer, eu caio e não consigo levantar.

Como foi a sua experiência na escola? É possível compará-la à sua vida atual?
Fui pra escola pública até a oitava série. Posso comparar ao fato de não me sentir à vontade na minha própria pele. Eu era tão insegura quanto uma criança. Uma vez que algo acontece, você passa a duvidar de tudo. Mas vai acontecer, eventualmente. Todo mundo sempre vai se preocupar com isso. Mas se você é do tipo de pessoa que quer aparecer, sem nenhum tipo de insegurança, provavelmente não tenho muitos conselhos.

..(the runnaways)

Quando eu tinha 14 anos, me lembro de ter visto um show da banda Runaways. Foi um dos meus primeiros shows, e uma revelação pra mim!
Que louco! A Cherie estava na banda, ainda?

Sim estava.

E como foi a experiência de filmar The Runaways?
Estava esperando por essa pergunta… é tão importante, pra mim! Não tem nada a ver comigo, mas se eu não fizesse justiça com ela (Joan Jett), seria péssimo. Não são muitas pessoas que conhecem Runaways, mas elas foram pioneiras em assumir que é bacana uma garota querer tocar rock.

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